"Emana em todo caso do erotismo algo de trágico. 

(...) O marquês de Sade exprimiu esse lado da realidade sexual. Quaisquer que sejam os aspectos insustentáveis de sua obra, ele compreendeu que o erotismo – e o horror implicado no fundo do desejo erótico – colocava em questão o homem inteiro. Devemos reconhecer desde o princípio que, falando do erotismo, levantamos a questão mais pesada. 

(...) O erotismo abre um abismo (...): é certamente o mais horrível, e é também o mais sagrado."

 (BATAILLE, 2017, p. 330-331)