“Somos todas putas” (LIRA, 2017, s.p.):  esta poderia ser uma hashtag do momento, mas Ramayana Lira (2017) – desde seu lugar de professora e doutora – advoga que é nossa condição enquanto corpo autônomo de mulher. Com seu Dicionário crítico, a autora demarca que


"É linda essa polissemia da puta em português: sim, diz respeito à prostituição, mas é também adjetivo para a mulher indignada,  raivosa, puta da cara, rosto-puta;  designa, também, uma certa intensidade, amplificação: uma puta mulher, uma grande mulher. A puta, a palavra, entre nós é, ao mesmo tempo, a figura exemplar da exploração da mulher e a potência toda que só uma puta mulher pode ter. " (LIRA, 2017, s.p.)


(De novo, foi do professor-filósofo a palavra justa? “Você é uma puta pesquisadora.”)