"Todo um conjunto de condições nos leva a formar do homem (da Humanidade) uma imagem igualmente afastada do prazer extremo e da extrema dor: as interdições mais comuns atingem, umas, a vida sexual e, outras, a morte, de tal modo que uma e outra formaram um domínio sagrado, que tem a ver com a religião. 

(...) Mas enfim: nunca esquecerei o que de violento e de maravilhoso se liga à vontade de abrir os olhos, de ver de frente o que acontece, o que é. E não saberia o que acontece se não soubesse nada do prazer extremo, se nada soubesse da extrema dor!"

(BATAILLE, 1978, p. 9; 11)